Medicina alternativa: ficção ou realidade?
Por Alexandre Arias, Gabriella Capuano, Luiza Minelly, Maria Cunha e Marina Galiotte, alunos do 1º JOA
Enxaqueca frequente? Dores musculares? Distúrbios alimentares? Ou até mesmo crises de ansiedade? E se a solução de seus problemas não está exatamente nos métodos tradicionais da medicina, mas sim em meios alternativos de executá-la?
Dessa vez a receita é outra. Substituindo ou aliando-se ao modelo clássico da medicina, as técnicas não convencionais desestimulam o uso de fármacos e prescrevem um tratamento que associa e promove o equilíbrio do corpo, da mente e do emocional. Ao contrário do usual, as (não tão novas) terapias procuram tratar a causa, e não a consequência dos problemas de saúde.
A medicina alternativa surgiu com os estudos do médico e filósofo grego Hipócrates (460 a 370 A.C). Considerado o pai da medicina ocidental, Hipócrates dizia que as doenças possuíam causas naturais, e não eram punições divinas, como se acreditava na época. O filósofo também dizia que o equilíbrio e a saúde do corpo estão diretamente ligados ao ambiente em que vivemos: clima, hábitos alimentares, equilíbrio dos humores (líquidos) do corpo do indivíduo e outros diversos fatores além da carne e osso.
Aos poucos, a medicina alternativa foi ganhando força mundialmente, o que inclui o Brasil. Em maio de 2006, durante o governo Lula, foi implementada no Sistema Único de Saúde (SUS), por meio da portaria nº 971, a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PICS).
Segundo dados do Ministério da Saúde, somente em 2017 foi realizado mais de 1,4 milhão de atendimentos aos usuários do SUS, em práticas como acupuntura, auriculoterapia e yoga. Os dados também mostram um aumento na procura por esse tipo de prática: em oito anos, o número de atendimentos no SUS cresceu 670%, passando de 271 mil, em 2008, para 2,1 milhões em 2016.
O primeiro método alternativo disponível são os sistemas médicos alternativos integrais, que consistem na explicação do problema, um diagnóstico e um tratamento. Exemplos disso são a medicina tradicional chinesa, a naturopatia e a ayurvédica.
Já nas técnicas de corpo e mente, se encaixa a teoria de que o emocional e fatores mentais do indivíduo influenciam na saúde física. Entre essas técnicas, temos: a imagística direcionada, a hipnose e a meditação.
Os tratamentos com base biológica são práticas que modificam o estado de saúde dos indivíduos que as usam, como as terapias com quelação, com dieta e ortomoleculares.
Os métodos manipulativos e corporais, como o próprio nome diz, são manipulações que atuam na estrutura corporal, podendo-se destacar a massoterapia, a quiropraxia e a reflexologia.
Por fim, como medicina energética, temos as terapias cujo objetivo é manipular as energias sutis, como os magnetos, QI Gong externo e o toque terapêutico.
No Brasil, há cinco exemplos de métodos alternativos e iremos nos aprofundar em quatro práticas: hipnose, aromaterapia, terapia holística e constelação familiar.
Os métodos
Hipnose: mágica ou ciência?
Feche os olhos, concentre-se apenas em minha voz. Tic. Relaxe o corpo, esvazie a mente. Tac. Escute os sons cada vez mais longe. Tic. Relaxe cada vez mais. Tac. Respire fundo. Quando eu tocar sua testa, você entra em hipnose… Bruxaria? Mágica? Truque de ilusão? Não! É só mais uma sessão de hipnoterapia começando.
É comum que a hipnose ainda provoque desconfiança em grande parte das pessoas. O desconhecido é sempre temido, mas já parou para pensar que entramos em estado hipnótico muitas vezes no nosso dia a dia? Sabe quando você assiste um filme muito bom e parece que tudo o que está a sua volta desaparece? Conscientemente, você sabe que tudo não passa de ficção, atuação e roteiro, mas a partir do momento que a história fica muito interessante, é como se entrássemos dentro do filme, e esse é o mesmo estado de transe da hipnose.
“A hipnose não é uma terapia, mas sim uma ferramenta de comunicação com o subconsciente”, diz Daniel Stein, de 32 anos, que atua como hipnoterapeuta em São Paulo desde 2017. O subconsciente é a parte mais profunda do cérebro humano, responsável por nossas emoções, sentimentos e hábitos. Sendo assim, por que não combinar diferentes técnicas terapêuticas e medicinais com uma ferramenta que acessa diretamente o profundo “eu” de cada um? “Hipnoterapia é utilizar a hipnose em conjunto com o processo terapêutico, usando de ferramentas que vêm da psicologia e das diferentes linhas terapêuticas que existem”, conta ele.
A velocidade do tratamento e o impacto de mudança na vida dos pacientes foram os pontos que mais encantaram o hipnólogo quando decidiu seguir a carreira integralmente. “Pessoas faziam anos de terapia convencional, às vezes seis, oito anos de psicanálise, e não conseguiam ver mudanças, e de repente quando me deparei com a hipnoterapia vi mudanças acontecerem em uma, duas sessões… Os resultados são incríveis!”, diz Daniel. A técnica tem raízes históricas na medicina, e sempre foi muito utilizada e estudada por médicos. Franz Anton Mesmer, médico alemão que utilizava métodos hipnóticos atuais, foi quem deu início à trajetória da hipnose moderna. Aos que ainda se arriscam a dizer que hipnose é bruxaria, pelo contrário: é ciência pura.
O poder da mente humana
Apesar da popularização do método na mídia por meio do entretenimento — o que consequentemente provocou diversas comparações entre mágica e hipnose, mistificando, assim, a prática — , é importante destacar o que se pode trabalhar com a hipnoterapia no meio da medicina física e mental. Reconhecido pelos Conselhos Federais de Medicina, Odontologia, Psicologia, Fisioterapia e Terapia Ocupacional, o tratamento procura ressignificar os traumas mais profundos do inconsciente.
“Muitas vezes temos casos de doenças psicossomáticas, ou que não têm uma causa fisiológica, em que não se sabe a origem do problema, e a raiz pode ser emocional. Nesse caso, a hipnoterapia é constantemente indicada por médicos convencionais, já que pode encontrar o real problema psicológico que está interferindo no físico”, conta Daniel.
O hipnoterapeuta também destaca que a prática não é capaz de curar doenças físicas, mas sim amenizar os sintomas provocados por estas, e é por isso que a combinação da medicina convencional com a alternativa vem desenvolvendo grandes avanços, a partir do momento que sintoniza e equilibra pontos-chaves do corpo e da mente.
“Você não pode tratar câncer com hipnoterapia, mas você pode utilizá-la para amenizar as dores do paciente ou até mesmo para melhorar a auto-estima. Geralmente são tratadas questões psicossomáticas e transtornos psicológicos como ansiedade, depressão, crises de pânico, gagueira, medo de falar em público e fobias em geral.”
Com uma média de duas a três sessões, a hipnoterapia avançada, praticada por Daniel, potencializa em até cinco vezes o tratamento hipnoterapeuta convencional, que leva em média de dez a quinze sessões até se obter os resultados esperados.
O equilíbrio perfeito
Atualmente, não é mais exigida formação na área da saúde para atuar como hipnólogo no Brasil. A única medida obrigatória é a conclusão de cursos na área, e quanto a isso o Instituto de Hipnose e Psicanálise (IHP) tem mais de oito anos de experiência.
O Instituto, que desde 2012 tem por objetivo formar novos hipnoterapeutas brasileiros, procura ensinar os segredos para auxiliar as pessoas na busca por uma saúde mental mais equilibrada. “Nos últimos anos, a procura pelo curso tem sido cada vez maior”, conta o representante das mídias sociais do IHP. A popularização dos métodos alternativos medicinais prova o quanto a saúde do corpo e da mente devem ser cuidadas em conjunto, e o quão grande é a influência do psicológico no físico.
“O nosso maior objetivo é ensinar os segredos da mente humana para auxiliar as pessoas na busca de uma saúde mental mais equilibrada”, define o IHP.
A formação de novos hipnólogos clínicos incentiva uma nova geração de profissionais que podem utilizar os poderes da mente para desenvolver tratamentos mais rápidos e efetivos.
Constelação familiar: dinâmicas e vínculos
Um outro tratamento alternativo é a constelação familiar, prática advinda do viés terapêutico que busca trazer à tona problemas mal resolvidos entre parentes e familiares. Como as demais técnicas aqui apresentadas, a constelação familiar não é reconhecida pelo Conselho Federal de Psicologia (CFP) nem pelo Conselho Nacional de Medicina (CNM).
De onde surgiu?
A prática foi criada pelo filósofo, teólogo, psicólogo e pesquisador alemão Bert Hellinger (1925–2019), enquanto ele analisava as dinâmicas familiares e os vínculos formados entre as pessoas. O estudo foi dado baseando-se nas vibrações e conceitos energéticos de cada pessoa e busca abordar como a história e as relações familiares influenciam as emoções e padrões de comportamento das pessoas.
Para ele, há alguns princípios básicos que comandam todo o estudo desenvolvido, os quais ele nomeia de três leis do amor: a lei do pertencimento – que diz respeito ao direito que todo ser vivo tem de pertencer a um sistema, que inclui bebês abortados, homens e mulheres que devido a sua conduta moral não são aceitos em sua família ou uma morte trágica; a lei da ordem/hierarquia – que corresponde à necessidade de reconhecer o lugar de um membro da família que não possui a devida ordem de precedência dentro do sistema; e, por fim, a lei do equilíbrio – quando os familiares devem respeitar a devida importância dos pertencentes do sistema.
É um método recomendado para ser executado junto à psicoterapia. A dinâmica proposta por um profissional, para a também conhecida Psicologia Sistêmica, pode ser individual ou em pequenos grupos. Rupert Sheldrake, biólogo, parapsicólogo e escritor inglês, complementou os estudos do alemão com novos conceitos.
A psicóloga Margarida Machado, 60 anos, esclarece algumas dúvidas sobre esse procedimento. A partir do primeiro contato com o tratamento, devido a uma grave doença que seu marido enfrentava, ela passou a estudá-lo e hoje o desempenha. Ela descreve a definição de constelação familiar a partir de uma analogia: “O lugar em que a gente nasce, principalmente os nossos sistemas familiares, é como se fosse uma teia invisível que enreda todo o nosso inconsciente familiar. Toda essa rede fica arquivada em um campo, que ele [Rupert Sheldrake] chamou de Campo Morfogenético”.
A psicóloga completa seu depoimento destacando que o casamento entre a medicina tradicional e alternativa é necessário, além de muito saudável: “Acho que as duas coisas devem ficar mais próximas, devem ser integradas: o corpo humano não é só fígado e intestino… é um sistema que pensa e sente. O emocional diz respeito a como eu conduzo minhas coisas e como meu corpo está”.
Outra entrevistada sobre o assunto foi a gerente de Marketing Luiza Andreoli, de 30 anos, que relatou a sua experiência com a constelação familiar.
Terapia Holística: o tratamento completo
Do grego Holos, que significa inteiro ou todo, as terapias holísticas são um conjunto de técnicas de diferentes vertentes que segue os princípios gregos do holismo, ou seja, que objetiva curar o ser de maneira completa.
A abordagem holística acredita no tratamento de toda a pessoa em seu contexto, não através de uma visão fragmentada do real, concentrando-se tanto na causa da doença como em seus sintomas. Com isso, o tratamento holístico trata não só dos efeitos, mas busca detectar a origem dos males e tratá-los.
De acordo com o holismo, os elementos emocionais, mentais, espirituais e físicos de cada pessoa formam um sistema. Assim, o corpo humano é um organismo interligado e não deve ser entendido e subdividido em partes independentes.
O terapeuta holístico sempre entende que qualquer problema que aflija um paciente ou cliente à procura de uma consulta é ocasionado por uma desarmonia do todo integrado, e a terapia holística visa a resgatar o equilíbrio desse indivíduo. Para isso, é necessário harmonizar o campo físico, emocional e energético. Algumas questões que podem ser trabalhadas são: depressão, ansiedade, síndrome de burnout, estresse e insônia, entre outras.
Para tal, o profissional pode se utilizar de diversos métodos e abordagens, como auriculoterapia (acupuntura, porém só na orelha, com o uso tanto de sementes como de agulha), barra de access, thetahealing, mesa quântica estelar e cura arco-íris.
A prática: terapeuta holística explica
Formada em Administração, Amanda Ayres, 30 anos, se encontrou como terapeuta holística. De acordo com a opinião da profissional, a medicina alternativa é tão importante quanto a tradicional.
“Eu digo isso não só com base no que estudei, mas nas minhas próprias vivências. Eu sempre tive dor, tive uma hérnia e também problemas respiratórios, como bronquite e sinusite. Com as terapias alternativas, eu pude entender a fundo em mim o que estava acontecendo”, relata Amanda.
A profissional explica, ainda, que, diferente do que muitas pessoas pensam, os métodos alternativos também são seguros para tratar doenças. Apesar disso, é necessário manter o acompanhamento médico, pois, segundo Amanda, o trabalho deve ser feito de maneira interligada.
Em relação à pandemia, a terapeuta holística indica que, mesmo que ainda haja resistência aos métodos alternativos, o número de pacientes aumentou muito.
“As pessoas já estão percebendo que olhar pra mente, olhar pro emocional, principalmente em um momento como esse, é muito importante”, conclui a profissional.
As sessões de terapia duram, em média, uma hora, mas os métodos aplicados por Amanda não têm uma frequência pré-estabelecida. De acordo com a terapeuta, “o tratamento varia de cliente a cliente, alguns vão todas as semanas, outros a cada quinze dias e há até os que vão de maneira mensal. Eles vão sentindo as técnicas ao longo do tempo”.
Os pacientes atendidos não têm faixa etária definida. Amanda afirma ser “bem mesclado, tenho pacientes de dez anos, cinco anos, atendi gêmeas de dois anos e meio, até a jovens e adultos de 25, 27, 30 e também a partir de 60 anos”.
Paciente de Amanda, a biotecnóloga Natália Fuoco, 30 anos, relata os motivos de procurar um tratamento alternativo e quais foram os impactos disso na sua vida.
Aromaterapia: o olfato como chave principal
Já há algum tempo, uma onda de tratamentos e estilo de vida wellness vem nos atingindo. “Wellness”, em inglês, significa bem-estar. Trata-se de uma consciência de muito mais que tratamentos médicos ou idas ao hospital, mas de um envolvimento dos âmbitos corporais, emocionais, ocupacionais e espirituais a fim de que o bem-estar pleno de um indivíduo seja atingido.
A aromaterapia faz parte dessa busca pelo bem-estar e vem sendo cada vez mais reconhecida. De acordo com Tatiana da Silva, aromaterapeuta há quatro anos, “a procura aumentou bastante, as pessoas estão vendo (as terapias alternativas) com outros olhos”.
Mas só porque a maioria de nós tomou consciência dessa terapia agora, não quer dizer que ela acabou de surgir. Os humanos vêm utilizando a aromaterapia há milhares de anos. Culturas antigas da China, Índia e Egito, por exemplo, incorporavam o uso de plantas aromáticas em resinas, óleos e bálsamos. Essas substâncias naturais, utilizadas para fins médicos e religiosos, eram conhecidas por proporcionarem benefícios físicos e psicológicos.
O termo “aromaterapia” foi dado pelo engenheiro químico francês René-Maurice Gattefossé, em um livro que ele escreveu e publicou em 1937. Tinha previamente descoberto os poderes curativos do óleo de lavanda no tratamento de queimaduras. Seu livro discutia o uso de óleos essenciais no tratamento de condições médicas.
Como funciona?
A aromaterapia funciona por meio da inalação, pela absorção na pele, aplicações locais, banhos terapêuticos… Frequentemente se faz o uso de difusores, inaladores, óleos vegetais, cremes, loções, sprays como auxiliadores do tratamento.
Tudo isso é esclarecido aqui pela profissional Tatiana:
O tratamento pode ajudar no alívio de dores, melhora do humor, diminuição de náuseas, indigestão, dor de cabeça, insônia, problemas respiratórios e até em casos clínicos como depressão e ansiedade.
Aromas diferentes estimulam respostas distintas no cérebro, o que, por consequência, direciona seu sistema nervoso a relaxar ou a trabalhar ainda mais.
Ficção ou realidade?
Assim como muitos meios de tratamento alternativos, a aromaterapia é alvo de inúmeros estudos com o objetivo de provar a sua eficácia ou a falta dela.
Um estudo desenvolvido na Universidade de São Paulo com 36 alunos de graduação de cursos na área da saúde, com idades entre 18 e 29 anos, tinha a finalidade de verificar a eficácia da aromaterapia na diminuição do estresse e ansiedade. O grupo obteve tratamento de aromaterapia e apresentou redução significativa dos níveis de estresse, em 24%, e de ansiedade, em 13% e 19%.
Para nossa profissional, “a medicina alternativa é tão importante quanto a convencional pelo olhar humanizado que nós temos com o nosso interagente (paciente)”. Para Tatiana, o diferencial da medicina alternativa está justamente aí:
“O diferencial da medicina alternativa e da aromaterapia é o aconchego, o olhar humanizado para o interagente, fazendo com que ele cuide de si mesmo diariamente e não só tome um remédio para dor”.
Sobre sua experiência com a aromaterapia, a professora Maria Fernanda Carvalho, 57 anos, já vem notando resultados:
“Eu fui procurar um método alternativo, como a aromaterapia, para tentar controlar a ansiedade. Já tinha ouvido falar sobre o assunto e até tomado florais. Ainda estou no início do tratamento, mas já pude perceber mudanças no meu humor e até no meu comportamento”.
Mas e a homeopatia, é especialidade médica?
Medicamentos homeopáticos são fabricados com substâncias provenientes dos reinos vegetal, mineral e animal. São essas que, quando manipuladas, oferecem pequenas doses de princípio ativo, que restabelecem o equilíbrio orgânico se mantida certa constância na ingestão.
Com isso, a homeopatia já esteve no campo da medicina alternativa. Porém, o Conselho Federal de Medicina reconheceu a prática como especialidade médica a partir de 1980 (resolução 1000/80). Desde então, a AMHB (Associação Médica Homeopática Brasileira) faz provas para o Título de Especialista em Homeopatia em convênio com a AMB-CFM.
Reconhecida dessa forma em diversos países da Europa e na Índia, a homeopatia não deve ser confundida com fitoterapia (uso de ervas e chás) e consiste na preparação dinamizada de extratos acima citados, posteriormente diluídos em álcool ou água e passando pelo processo de sucção.
E o SUS em tudo isso?
Tentamos contato com o SUS para esclarecer como funcionam as práticas alternativas e a homeopatia dentro do sistema público. No entanto, não tivemos retorno das assessorias de imprensa da Prefeitura e do Estado de São Paulo.